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Foto do escritorJuliana Coria

Aquela luz que existe no fim do túnel

A real é que ninguém busca terapia porque a vida está com a vida ótima (risos).


São as frustrações, os desgostos, a falta de perspectiva, os comportamentos repetitivos, as desilusões, as angústias, as dores na alma que nos fazem enfrentar o túnel escuro em busca da luz que esperamos encontrar ao final dele.


Caminhar pelo túnel escuro, por si só, não é garantia de encontrar essa luz.

É preciso assumir a história que está contida nessa escuridão.

Entender e aceitar as escolhas que foram feitas por você e por todos aqueles que vieram antes de você. E acolher, sabendo que as escolhas foram feitas usando os melhores recursos possíveis disponíveis no momento. Essas histórias, que hoje formam esse túnel escuro ao seu redor, te trouxeram até aqui, e são parte de tudo que você é.


Embarcar no processo terapêutico é aceitar que é hora de ir além, de avançar nesse túnel, porém a partir de um ponto de muita coragem, de disponibilidade, de comprometimento com o processo.


Do contrário, é continuar vivendo mais do mesmo. Mudam os cenários, os personagens, mas o túnel continuará ali, escondendo lá no fundo uma luz linda que pode mudar toda uma perspectiva em relação à vida. Distrações é o que não faltam pra nos tirar da caminhada.


Mudar dói.

Mas não mudar dói mais ainda.

A escolha é individual e intransferível.


“Escrever nossa própria história pode ser difícil, mas não é tão duro

quanto passar a vida fugindo dela. (...)

Somente quando tivermos coragem suficiente para

explorar a escuridão, descobriremos o poder infinito da nossa luz”


(Brené Brown, A Arte da Imperfeição)


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