Quem tem medo do tombo nunca sente o galope
- Juliana Coria
- 2 de set.
- 1 min de leitura
Há momentos em que a vida parece uma estrada longa demais. A gente olha para frente e não vê o fim; olha para trás e só encontra lembranças que já não cabem mais. É como estar de pé diante de um cavalo: ele respira fundo, impaciente, pronto para correr — e você ainda hesita, com medo do tombo.
Confiar não é romântico, é revolucionário.
É acreditar que vale a pena subir na sela mesmo sem ter um mapa.
Pense em quem passa anos desenhando um projeto, revisando cada detalhe, mas nunca se lança. O medo de errar se disfarça de prudência. O apego ao controle esconde o perfeccionismo. No fundo, é a vida suspensa, esperando a coragem de montar.
Esse é o desejo do momento: soltar o fio da desesperança, deixar descansar o que já não é real e se permitir galopar. É olhar para os detalhes com amor, mas também levantar a cabeça para enxergar o horizonte.
É preciso um tanto de selvageria para ousar ter fé. Fé de que a vida não está contra você. Fé de que há algo maior costurando os passos. Fé de que sua alma não nasceu para ser domesticada.
Cavalgar é isso: nunca controlar tudo, mas confiar no instinto, sentir o ritmo, deixar o movimento te levar além do que seus pés alcançariam sozinhos.
A rédea que importa não é a do medo, é a da confiança.
E ela está em suas mãos.

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